Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
A Juventude Monárquica do Porto esteve no passado sábado, dia 9 de Fevereiro, em Estarreja com SAR, o Senhor D. Duarte, Duque de Bragança, representada pelo seu Presidente da Direcção, Jorge Araújo, Secretário-Geral, Pedro Sousa, e Presidente da Mesa da Assembleia-Geral, Carlos Cambey Galante.
Estiveram também presentes diversos elementos da Causa Real, como o Presidente da Real Associação Beiral Litoral, Eng.º Fábio Fernandes, o Presidente da Real Associação de Viana do Castelo, Dr. José Aníbal Marinho, e o Presidente da Real Associação de Braga, Dr. Gonçalo Pimenta de Castro.
Marcou ainda presença a TV Monarquia Portuguesa, em dia de auditório cheio na Biblioteca Municipal de Estarreja.
COMUNICADO DA JUVENTUDE MONÁRQUICA DO PORTO
Assistimos hoje ao telefonema do Senhor Presidente da República para um programa de televisão em directo, episódio em que nem faltaram as lágrimas e o tom lamechas, como se de novela ou de “reality show” se tratasse.
É conhecida a faceta do actual Presidente da República de constante exposição ao mediatismo e a sua relação privilegiada com certos meios de comunicação social. Porém, ainda conseguimos ser surpreendidos com episódios como o de hoje, que, somando a outros ocorridos no passado recente, expõem ao ridículo a vida política portuguesa e o lugar da mais alta figura do Estado.
O Senhor Presidente da República tem feito da necessidade de combate aos populismos uma constante nos seus discursos. Não nos parece, todavia, que este modo de actuação se afaste muito do que seriam os métodos de um populista – um populista “dos afectos”, neste caso.
Com tanta gente que trabalha e que não é reconhecida, ou a quem pouco sobra para viver, será assim tão importante o novo programa televisivo, que justifique uma chamada em directo, supostamente entre reuniões de trabalho? Será o dito programa televisivo tão edificante para a vida nacional, ao ponto de ser assim destacado, quando é conhecido o paupérrimo estado da Cultura em Portugal e o definhar dos serviços públicos de rádio e televisão?
Perante isto, a Juventude Monárquica do Porto vem afirmar a defesa de uma vida política de dignidade e seriedade. Uma política que não pode ser um espectáculo de pão, circo e mediatismo, sob pena de não conseguirmos atrair os cidadãos a uma séria participação.
Não é assim que se dignifica a vida política portuguesa. Por isso mesmo, temos como bandeira a defesa de uma Chefia de Estado desde sempre preparada e com formação para honrar Portugal.
A Juventude Monárquica do Porto,
Porto, 7 de Janeiro de 2019.
Completou-se recentemente mais um aniversário da morte da Rainha D. Amélia.
Uma nossa associada teve a oportunidade de visitar alguns espaços ligados aos últimos anos de vida da Rainha de Portugal, nomeadamente a casa onde faleceu, em Outubro de 1951, e a Igreja de Santo António de Pádua, em Le Chesnay, França, enviando-nos o registo fotográfico da sua experiência.
Muito agradecemos o envio das fotografias e a permissão para a sua publicação nesta página.
Esperamos assim despertar a curiosidade e trazer à memória um património nem sempre muito conhecido dos portugueses.
Relembrando La Lys - Moção Aprovada em Assembleia-Geral da JMP-Porto:
No dia 9 de Abril de 2018 assinala-se o centenário da batalha de La Lys, ocorrida no vale da ribeira de Ypres, região da Flandres, Bélgica, no âmbito da Primeira Guerra Mundial. A data marca um dos mais importantes episódios militares da história de Portugal, onde muitos portugueses pereceram.
A Juventude Monárquica Portuguesa – Porto, reunida em Assembleia-Geral a 7 de Abril de 2018 no Palacete dos Viscondes de Balsemão, precisamente em frente ao Monumento aos Mortos da Grande Guerra, não pode deixar de relembrar e homenagear os muitos jovens que então se viram obrigados a sair das suas terras para uma guerra longínqua e os tantos que nesse conflito perderam a vida.
Quando na actualidade nos chegam as informações sobre os conflitos que se agudizam em diferentes partes do mundo, quando assistimos ao subir do tom dos discursos dos responsáveis políticos internacionais, evocando o espectro de uma Guerra Fria, quando sabemos da existência de locais onde as crianças são ainda recrutadas e treinadas para a guerra, percebemos que a realidade dos nossos dias não parece traduzir os ensinamentos do passado, mas antes que o futuro pode ser de novo um trago amargo.
Por tal, a Juventude Monárquica Portuguesa – Porto procede:
A Direcção da Juventude Monárquica Portuguesa – Porto,
Porto, 7 de Abril de 2018.
Soubemos ontem da triste partida de João Mattos e Silva, exemplo de dedicação ao Ideal Monárquico, que com grande mérito e frutuoso trabalho desempenhou, entre outras, as funções de presidente da Juventude da Causa Monárquica, primeiro presidente eleito da Causa Real e presidente da Real Associação de Lisboa.
Conforme se lê no comunicado emitido pela Direcção da Causa Real, João Mattos e Silva é «um dos Primeiros da Sua geração no pensamento, na reflexão e na acção política». A sua obra escrita é vasta e perdurará para nossa instrução e deleite. Cá estaremos para a recordar.
A João Mattos e Silva fica o nosso eterno agradecimento e um até sempre.
Segue-se a Carta a um jovem amigo sobre a liberdade e o Rei, escrita pelo próprio.
11.9.1944 - 16.09.2017
Carta a um jovem amigo sobre a liberdade e o Rei
Caro Amigo,
Não nasci numa família tradicionalmente monárquica; não tive uma formação política monárquica; li na biblioteca da casa dos meus pais tanto as biografias dos Reis D. Carlos e D. Manuel II, de Rocha Martins, como a História da República, de Lopes de Oliveira; sabia que o meu pai era um republicano que fora monárquico na sua juventude e que a minha mãe era simpatizante monárquica, apesar do meu avô ter sido um republicano idealista que se desiludiu cedo com o regime. A verdadeira formação política que tive foi para a liberdade e foi usando dessa liberdade, que me foi inculcada desde criança, que cinquenta anos após a implantação da república me fiz monárquico e aderi à Causa Monárquica, como afirmação dessa liberdade.
Fiz um percurso de militância, prossegui um percurso de reforço da formação política com os doutrinadores integralistas, mas fui sempre questionando as suas proposições quanto à liberdade: apesar de ter sido com eles que aprendi que Nos liberi sumus, Rex noster liber est, manus nostrae nos liberverunt (Nós somos livres, nosso Rei é livre, nossas mãos nos libertaram).
O contacto com monárquicos que não se reviam na doutrina integralista, a leitura de autores, portugueses e estrangeiros, que defendiam o liberalismo monárquico, a aprendizagem da História do século XIX, levou-me a outras conclusões e a outras escolhas. Mas sempre me marcou esse “grito de Almacave”: Nós somos livres e o nosso Rei é livre.
Olhando estes cem anos, o que continuo a ver, a par de outros erros, é a falta de liberdade que tem perpassado pela sua história: a repressão contra os monárquicos e os católicos; a repressão da imprensa adversa do poder constituído em cada momento; o assassínio político; as revoluções como forma de alternância política na I República; a censura, a prisão, a tortura de oposicionistas ao regime na II República; as tentativas de controlar a imprensa e as vozes públicas discordantes e incomodativas para o Poder nesta III República, onde, apesar disso, a liberdade existe e muitos dos excessos das anteriores foram banidos, vivendo-se numa Democracia, embora imperfeita e a necessitar de ser reformada em nome das liberdades dos cidadãos, asfixiados pela partidocracia e pela plutocracia. Comum a todas as repúblicas, vejo também a falta de liberdade dos Presidentes, eleitos por sufrágio directo com o apoio de um ou mais partidos, ou escolhidos pelos directórios partidários e eleitos por maioria por colégios eleitorais, mas todos reféns de uma ideologia e de formações políticas a que estão ligados, representantes de uma facção e não de todos os cidadãos do país, parte da luta pelo Poder de uns contra os outros, presos a compromissos políticos e económicos assumidos no apoio às suas candidaturas.
Estou certo, caro amigo, que porque nasceste já num regime Democrático, nunca pensaste que no topo do edifício político do Estado, que há trinta e cinco anos foi erguido sob a bandeira da liberdade, está alguém que o representa e chefia que não é livre. E o Chefe do Estado tem de ser livre, como gerador e garantia da nossa liberdade.
Por isso, e em nome dela, te convido a fazer a escolha da liberdade ao querer e lutar pelo regresso do Rei, livre de todas as pressões políticas e económicas, de todas as ideologias, acima das facções, comprometido apenas com a nação que fomos, somos e seremos. Para que também tu possas dizer, como eu, “Nós somos livres, o nosso Rei é livre, nossas mãos nos libertaram”.
Um abraço amigo.
João Mattos e Silva, in Diário Digital (19-Jul-2010).
Texto recuperado do blog da Real Associação de Lisboa.
I - A Monarquia do Norte: ideário de pensamento monárquico é o blog de escrita política e filosófica da Juventude Monárquica Portuguesa - Porto (JMP Porto);
II - Trata-se de uma plataforma na qual se pretende promover o espírito crítico, a diversidade de ideias, o desenvolvimento teórico e doutrinário, bem como a recuperação de autores e escritos de pensamento monárquico;
III - É um espaço construído a pensar na livre e criativa expressão dos jovens que constituem o nosso movimento, incentivando-os a desenvolverem o seu pensamento político, preparando e atraindo as novas gerações;
IV - A Monarquia do Norte... tem um conceito experimental e descomprometido, aceitando por isso a participação de autores com ideias e opiniões muito diversas, desde que em respeito pelo espírito da presente declaração de princípios e pela dignidade humana;
V - Por ser reflexo de um movimento muito diversificado, a opinião e subjectividade dos autores não pode ser confundida ou tida como sendo a posição oficial da JMP Porto ou de qualquer outro órgão a esta ligada, excepto nos casos em que tal seja claramente referido;
VI - Consideramos importante e de valor a divulgação do património doutrinário do movimento monárquico. A recuperação de pensamentos e autores antigos, no entanto, constituindo um exercício filosófico ou de criatividade e fruição, não deverá também ser confundida com uma posição oficial da JMP Porto. Do mesmo modo, o vocabulário e as ideias contidas nos textos que eventualmente venham a ser citados devem ser entendidos nos seus devidos contextos.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.