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COMUNICADO DA JUVENTUDE MONÁRQUICA DO PORTO

 

Assistimos hoje ao telefonema do Senhor Presidente da República para um programa de televisão em directo, episódio em que nem faltaram as lágrimas e o tom lamechas, como se de novela ou de “reality show” se tratasse.

 

É conhecida a faceta do actual Presidente da República de constante exposição ao mediatismo e a sua relação privilegiada com certos meios de comunicação social. Porém, ainda conseguimos ser surpreendidos com episódios como o de hoje, que, somando a outros ocorridos no passado recente, expõem ao ridículo a vida política portuguesa e o lugar da mais alta figura do Estado.

 

O Senhor Presidente da República tem feito da necessidade de combate aos populismos uma constante nos seus discursos. Não nos parece, todavia, que este modo de actuação se afaste muito do que seriam os métodos de um populista – um populista “dos afectos”, neste caso.

 

Com tanta gente que trabalha e que não é reconhecida, ou a quem pouco sobra para viver, será assim tão importante o novo programa televisivo, que justifique uma chamada em directo, supostamente entre reuniões de trabalho? Será o dito programa televisivo tão edificante para a vida nacional, ao ponto de ser assim destacado, quando é conhecido o paupérrimo estado da Cultura em Portugal e o definhar dos serviços públicos de rádio e televisão?

 

Perante isto, a Juventude Monárquica do Porto vem afirmar a defesa de uma vida política de dignidade e seriedade. Uma política que não pode ser um espectáculo de pão, circo e mediatismo, sob pena de não conseguirmos atrair os cidadãos a uma séria participação.

 

Não é assim que se dignifica a vida política portuguesa. Por isso mesmo, temos como bandeira a defesa de uma Chefia de Estado desde sempre preparada e com formação para honrar Portugal.

 

A Juventude Monárquica do Porto,
Porto, 7 de Janeiro de 2019.

 

JMP Porto

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