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    Soubemos ontem da triste partida de João Mattos e Silva, exemplo de dedicação ao Ideal Monárquico, que com grande mérito e frutuoso trabalho desempenhou, entre outras, as funções de presidente da Juventude da Causa Monárquica, primeiro presidente eleito da Causa Real e presidente da Real Associação de Lisboa.

     Conforme se lê no comunicado emitido pela Direcção da Causa Real, João Mattos e Silva é «um dos Primeiros da Sua geração no pensamento, na reflexão e na acção política». A sua obra escrita é vasta e perdurará para nossa instrução e deleite. Cá estaremos para a recordar.

       A João Mattos e Silva fica o nosso eterno agradecimento e um até sempre.

       Segue-se a Carta a um jovem amigo sobre a liberdade e o Rei, escrita pelo próprio.

 

João Mattos e Silva

  11.9.1944 - 16.09.2017

 

 

Carta a um jovem amigo sobre a liberdade e o Rei

 

Caro Amigo,

 

Não nasci numa família tradicionalmente monárquica; não tive uma formação política monárquica; li na biblioteca da casa dos meus pais tanto as biografias dos Reis D. Carlos e D. Manuel II, de Rocha Martins, como a História da República, de Lopes de Oliveira; sabia que o meu pai era um republicano que fora monárquico na sua juventude e que a minha mãe era simpatizante monárquica, apesar do meu avô ter sido um republicano idealista que se desiludiu cedo com o regime. A verdadeira formação política que tive foi para a liberdade e foi usando dessa liberdade, que me foi inculcada desde criança, que cinquenta anos após a implantação da república me fiz monárquico e aderi à Causa Monárquica, como afirmação dessa liberdade.


Fiz um percurso de militância, prossegui um percurso de reforço da formação política com os doutrinadores integralistas, mas fui sempre questionando as suas proposições quanto à liberdade: apesar de ter sido com eles que aprendi que Nos liberi sumus, Rex noster liber est, manus nostrae nos liberverunt (Nós somos livres, nosso Rei é livre, nossas mãos nos libertaram).

O contacto com monárquicos que não se reviam na doutrina integralista, a leitura de autores, portugueses e estrangeiros, que defendiam o liberalismo monárquico, a aprendizagem da História do século XIX, levou-me a outras conclusões e a outras escolhas. Mas sempre me marcou esse “grito de Almacave”: Nós somos livres e o nosso Rei é livre.


Olhando estes cem anos, o que continuo a ver, a par de outros erros, é a falta de liberdade que tem perpassado pela sua história: a repressão contra os monárquicos e os católicos; a repressão da imprensa adversa do poder constituído em cada momento; o assassínio político; as revoluções como forma de alternância política na I República; a censura, a prisão, a tortura de oposicionistas ao regime na II República; as tentativas de controlar a imprensa e as vozes públicas discordantes e incomodativas para o Poder nesta III República, onde, apesar disso, a liberdade existe e muitos dos excessos das anteriores foram banidos, vivendo-se numa Democracia, embora imperfeita e a necessitar de ser reformada em nome das liberdades dos cidadãos, asfixiados pela partidocracia e pela plutocracia. Comum a todas as repúblicas, vejo também a falta de liberdade dos Presidentes, eleitos por sufrágio directo com o apoio de um ou mais partidos, ou escolhidos pelos directórios partidários e eleitos por maioria por colégios eleitorais, mas todos reféns de uma ideologia e de formações políticas a que estão ligados, representantes de uma facção e não de todos os cidadãos do país, parte da luta pelo Poder de uns contra os outros, presos a compromissos políticos e económicos assumidos no apoio às suas candidaturas.


Estou certo, caro amigo, que porque nasceste já num regime Democrático, nunca pensaste que no topo do edifício político do Estado, que há trinta e cinco anos foi erguido sob a bandeira da liberdade, está alguém que o representa e chefia que não é livre. E o Chefe do Estado tem de ser livre, como gerador e garantia da nossa liberdade.


Por isso, e em nome dela, te convido a fazer a escolha da liberdade ao querer e lutar pelo regresso do Rei, livre de todas as pressões políticas e económicas, de todas as ideologias, acima das facções, comprometido apenas com a nação que fomos, somos e seremos. Para que também tu possas dizer, como eu, “Nós somos livres, o nosso Rei é livre, nossas mãos nos libertaram”.


Um abraço amigo.


João Mattos e Silva, in Diário Digital (19-Jul-2010).

Texto recuperado do blog da Real Associação de Lisboa.

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1 comentário

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João Felgar a 04.08.2022

Somos livres de fato, mas na Monarquia devemos sempre respeitar dois grandes itens, hereteriedade do sangue dos Reis Portugueses desde Conde Henrique até João VI ADN Rb1 U152 ou W5b* e o nome da casa de Bragança, a sua proveniência vem de Limburg na Alemanha.

Alemanniæ Dux in lucem edidit Albericum, feu Begonem I. Alsatiæ comitem, nec non Ettonem, five Ettichonem Episcopum Argentinensem, qui A. 765. obiit. Ex Alberico feu Begone I. natus suit Eberhardus I. Alsatiæ Comes, qui ad A. 780 ;Genealogica Stirpis Lotharingica ab Eberhardo IV. Alfitia Comite, usquead Carol Um I. Lotharingiæ Ducem.L^berhardus IV. Alfetiæ Comes Hugonis I. filius primogenitus conjugio 4 sibi copulavit Eadivam Anglorum Regis filiam , sororem Edgitæ Uxoris Ottonis M. Romanorum Imperaoris ; Joannem IV. Ducem Bragantiæ sibi Regem elegere." Galli in Belgio;

Os outros que se dizem duques, inventam, mentem e usam a boa fé dos portugueses, para acreditar num Turco de Sangue, Caucasiano de origem. com ADN R-Z381* e como podem visualizar, é muito diferente do ADN anterior.

Todos os portugueses, que apoiam gente bastarda, ilegal, com origem da Turquia Caucasianos, serão todos traidores à Coroa Portuguesa.

É sabido que o ADN de Duarte Pio já foi estudado quer em Espanha (Prof. Lorente no processo do Colombo) quer em Portugal (GenoMed/AGP) e que qualitativamente confirma a origem Caucasiana

Eu na minha qualidade de representante do Povo para a coroa dos meus antepassados, irei usar as leys vigentes da Monarquia, expulsar todas as famílias portuguesas, passa las a estrangeiros, todo o património dessa gente aonde estiver passa para a Coroa Portuguesa.

O meu 8 avô paterno João Vimarae era dux do Porto e aguardo pacientemente pela minha Monarquia tradicional

Portenses severioris, pietatis odium.Recessus ille, quo d. 17 Oct. 1112. Reditns scholae Portensis Duci Vimariae in 12 annos venditi erant, 17 post annum 1722 prolongatus est usque ad Festum S. Michaël. 1733. Instrümentum redditionis datum est Portae d. 7 Octobr. 1733

Irei arrumar a casa, e todos vocês façam as vossas malas das vossas famílias que não vós quero cá aquando da Monarquia, por apoiarem turcos a pena é capital em Portugal. Eu não perdoou a ninguém, sou muito pior que meu 7 tio avô paterno José I

João

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